"Soneto da Ausência"
(João Ribeiro Neto)
(João Ribeiro Neto)
Longe de ti sinto a alma carcomida;
Na minha boca, a falta de teus lábios,
No meu ser, sinto a falta de vida
E no meu corpo, as carícias nos átrios!
Longe de teu sorriso, enxergo o vazio;
A respiração parece travar-me no peito...
A sentir a ausência de teu corpo esguio
Ante à cama vazia onde me deito!
E eu, poeta versado na saudade,
Nada tenho a dizer além disso
Que o rude coração em versos explodiu!
Cabe a mim degustar-te a ausência,
dilacerando-me, na alma, as entranhas
a lembrar do sonho, no qual foste e és a donzela!