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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Livros à venda

 
Quer dar um presente original e de muito conteúdo nesse ano novo? Pois nós, da editora Clube de Autores temos a sugestão certa para você: Presentei com livros do autor João Ribeiro Neto!

As duas mais recentes publicações do autor estão à venda pelo site da editora "Clube de Autores". Para adquiri-los, basta clicar nos links abaixo dos flyers de divulgação e você será redirecionado para uma compra segura com várias formas de pagamento podendo parcelar em todos os cartões de crédito sem complicações e entrega segura e rápida para qualquer lugar do Brasil!                            

 
 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Crônica: Então... é Natal

Poucas coisas na vida me aborrecem mais que a época natalina, preciso confessar isso!Quando vai terminando o mês de novembro já começo a me aborrecer com esse clima forçado de: -“Agora somos felizes”!
No começo de dezembro a coisa piora, as filas nos bancos aumentam e os caixas eletrônicos param de funcionar. As lojas de R$1,00 (um real) ficam entupidas de pisca-pisca, árvores de natal e bolinhas coloridas para enfeites. Sem falar nas musiquinhas estridentes invadindo meus ouvidos: lá,lá,lá...lá,lá,lá... Haja saco!

Por falar em música, todo ano na época do natal somos obrigados a ouvir em qualquer lugar a voz grossa da Simone cantando: “Então... é natal”!

Não que eu tenha algo contra a Simone, mas todo mundo sabe que é natal, sabe que o povão vai receber o 13º. salário e torrar tudo nas lojas e depois que acabar o dinheiro vai trocar a mobília de casa comprando em 17 vezes nas Casas Bahia.
 
E os hipermercados com aqueles locutores anunciando o preço do peru, do chester e do panetone? Então... é natal
Outro dia levei um tropeção no pezão de um papai-noel gordo que estava sentado numa cadeira bem no meio da calçada tocando o insuportável sininho e falando alto: -“Ho, ho, ho, feliz natal!” Dá vontade de pegar o sino e enfiar o badalo na cabeça do bom velhinho. Então... é natal!
Assistir à televisão nessa época é um horror! Basta ligar a TV em qualquer canal que você verá artistas,apresentadores e humoristas com roupas brancas cantarolando algum tema de natal,pode reparar.Então...é natal!

Até o futebol consegue ficar chato no final do ano. Os jogadores organizam aquelas partidas sem graça onde o ingresso para assistir a pelada é 1 kg de alimento não perecível. Aí o povoléu lota os estádios para assistir o jogo entre os “amigos de Ronaldo Bola” contra os amigos da “ponte que partiu”. Então... é natal!


Todo ano é a mesma chatice!O Roberto Carlos com aquele terninho branco dando a tradicional mancadinha cantando: -“Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui!” Então... é natal!




E os amigos secretos que são realizados nas festas de fim de ano nas empresas? As pessoas não se suportam o ano inteiro e ainda tem que trocar presentes com os inimigos secretos. Sem falar que tem sempre um engraçadinho que sorteia o próprio nome e acha o máximo revelar esse feito aos demais no dia do amigo secreto. Então... é natal!

As estradas, por sua vez, ficam intransitáveis, principalmente as que levam ao litoral. São horas e horas buzinando e parando. Ainda tem os carros mais velhos que começam a esquentar demais e o motorista para no acostamento para jogar uma água no veículo e aproveitar para fazer um xixi amigo na frente de todos enquanto o carro se recupera. Então... é natal !
Depois de todo esse martírio nas estradas chega finalmente ao litoral e ao abrir a torneira da pia percebe que já está faltando água na Baixada. O elevador do prédio também está quebrado e a praia está lotada de farofeiros. Então... é natal!
Eu poderia continuar enumerando as demais coisas que me incomodam no natal, mas se eu continuar corro o risco de não terminar essa crônica.


Para concluir, uso a frase que mais se ouve na época do fim de ano: -“Desculpa de alguma coisa e tudo de bom”! Afinal, Então... é natal!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Jornal "TRIBUNA" de Salto de Pirapora/SP

Meus sinceros agradecimentos ao jornal "TRIBUNA", de Salto de Pirapora/SP por me dar uma página inteira destacando minha matéria feita em Passo Fundo/RS
 
 


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Semana Farroupilha em Passo Fundo/RS



Leia a matéria completa no blog do jornalista Jeff Castro clicando no link abaixo:

http://jeff-castro.blogspot.com.br/2013/09/escritor-e-jornalista-joao-ribeiro-vai.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+BlogDoJeffCastro+(Blog+do+Jeff+Castro)


Monumento ao célebre cantor gaúcho Teixeirinha
 
 


Placa no centro de Passo Fundo homenageando Teixeirinha


Desfile de cavaleiros em Passo Fundo/RS
comemorando à Revolução Farroupilha

Rancho do Teixeirinha em Passo Fundo/RS

Placa na entrada do Rancho do Teixeirinha

Entrada do Rancho do Teixeirinha

João Ribeiro Neto no Rancho do Teixeirinha

Rancho do Teixeirinha

Senhor Orlei Vargas Carames, ou simplesmente, "O Gaúcho".
 Escritor, radialista e pesquisador do tradicionalismo, do folclore e
 da história do Rio Grande do Sul




Foto histórica publicado no livro "O Gaúcho coração do Rio Grande",
a biografia do Teixeirinha publicada pelo escritor Israel Lopes



Mais um belo trabalho de seu Orlei Vargas Carames

Fotos históricas do arquivo de "Seu Orlei"




Estreia do filme "O Tempo e O Vento", obra histórica
 de Érico Veríssimo em comemoração ao 20 de setembro

Cuia de chimarrão simbolizando a hospitalidade de Passo Fundo
 localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto




 
 
Clique no link abaixo para ver o vídeo da Semana Farroupilha" em Passo Fundo:
 
 
 
 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

"É...acho que estou ficando velho..."



Uma das coisas mais difíceis para o ser humano é
reconhecer que o tempo passa inexoravelmente tanto para os tolos quanto para os sábios. A diferença é que os tolos, na sua estultícia, ignoram e os sábios filosofam sobre isso!


Outro dia, li um aforismo do filósofo Sócrates que

dizia o seguinte: Meu conselho é que se case. Se achar uma boa esposa será feliz, se não se tornará um filósofo!” 
agora está explicada minha inclinação para a filosofia!
Mas voltando a essa crônica, reconheço que estou
envelhecendo quando comparo minha adolescência com ageração de hoje. Explico; naquele tempo (coisa do final da década de 80 e início da década de 90) os garotos gostavam de garotas, hoje os garotos (claro que tem exceção) gostam de violência, de drogas e de se vestirem como garotas, são“Emos”!

Falando nisso, demorei meses e meses tentando

descobrir a qual “tribo” pertenciam aqueles rapazinhos de franja escorrida na testa, calça colorida justa e tênis multicolor. Com todo respeito aos “emos” e “emas”(sempre achei que ema era uma ave de pernas compridas) acho estranha essa moda.
É certo que na minha adolescência também tive lá

minhas “esquisitices”. Quem me conheceu naquela época sabe que cheguei a ser gótico. Só usava roupas pretas, correntes e fivelas chamativas e lia poesias de Álvares de Azevedo no cemitério! É difícil alguém conseguir me imaginar daquela forma ao me ver usando terno e gravatas exóticas com estampas personalizadas!

Como diz o ditado: “quem tem telhado de vidro nãoatira pedra no do vizinho” por isso não estou criticando os “emos”, se bem que no “meu tempo” seriam chamados de “Homo...” e não de “Emo”...deixa para lá esse detalhe...
Já que falei da minha adolescência, tenho que falar
agora sobre o período em que cursei meu minha primeira faculdade (1995 a 1998) para continuar abordando o tema dessa crônica: “Estou ficando velho...”
Cursei jornalismo numa grande e famosa universidade, porém só fui usar laboratório de informática no último ano do curso!
Parece mentira, mas usávamos a saudosa e velha
máquina de escrever para preencher as laudas das matérias jornalísticas, tenho fotos que confirmam isso!

Outro dia meu computador deu o chamado “pau” e
levei-o a um técnico de informática para solucionar o problema. Enquanto o rapaz diagnosticava o “PC” (no meu tempo PC era abreviação de Paulo César Farias, o tesoureiro
do Collor), senti saudade da velha Olivetti do meu pai. E quando surgiu a máquina de escrever elétrica que podia apagar as letras impressas no papel então? Eu achava o máximo! Para mim era a maior invenção da humanidade depois do fogo e da roda! Como nos contentávamos com pouco antigamente, não?
No segundo ano de jornalismo arrumei um estágio
num jornal de bairro e pela primeira vez na vida eu estava diante e a sós com um computador; Era “minha primeira vez”; Uau! - como dizia o saudoso Paulo Francis!
A cena foi hilária: eu olhava para o monitor do PC

(como já disse não era o Farias) e ele “olhava” para mim como se estivesse me desafiando para um duelo.

Coloquei, em seguida, a mão no mouse que, para

mim, era apenas o sobrenome do Mickey, nada mais do que isso! Eu ficava tentando colocar a setinha comandada pelo mouse no programa que eu queria abrir, mas a p......da setinha não me obedecia! 
Hoje qualquer criança de três anos sabe ligar e desligar um computador, haja vista minha

sobrinha Catarina, uma craque em PC !
Ainda falando do “meu tempo”, olhar a capa de uma revista Playboy na banca de jornal já nos fazia felizes. Hoje em dia, a garotada faz sexo virtual pela internet e do virtual partem para o real. São “crianças gerando crianças”.

Eu me considero uma pessoa “antenada”, adjetivo do “meu tempo”, hoje o adjetivo da moda é o “Focado”! Aliás, detesto o verbo “focar”, ele me cheira ao palavrório deVanderlei Luxemburgo.


Mas como eu estava dizendo, sou uma pessoa


atualizada, administro meu site na internet, não consigo sobreviver sem e-mails, faço compras pela internet e tenho até um perfil no Orkut e em outros blogs e portais de relacionamentos. Sempre tive muita resistência em utilizar esses sites de relacionamentos, fui convencido por uma amiga a criar uma conta no Orkut para facilitar a comunicação com os amigos. Para ser sincero, até hoje não me sinto à vontade nessas redes de relacionamentos.

Sinceramente, como escritor eu me acho meio ridículo quando leio o “internetês” utilizado por alguns amigosvirtuais:
-“ E aí,BlZ?”(demorei quase um ano para descobrir que “Blz” significa beleza!
Uma vez achei que meu computador estava sendo
atacado por vírus quando cliquei num recado virtual onde se podia ler o seguinte: “KKKKKKKKKKKK”... Mais tarde, um

pirralho” de sete anos me explicou que o “KKKKKKKKK era a representação gráfica de uma sonora e estridente gargalhada!
 E o Youtube então? Tem vídeos de brigas de casal, furos de reportagens, debates políticos, filmes antigos etc...etc...etc...Eu adoro acessar o Youtube, mas levei um tempo para conhecer esse site, antes ouvia as pessoas dizerem Youtube e eu ficava horas a fio tentando descobrir o que significava isso!

É, realmente estou ficando velho! Hoje você manda um e-mail para uma pessoa em qualquer lugar no mundo e ela recebe instantaneamente a mensagem. Antigamente,escrevíamos uma carta naquele bloco específico para cartas,colocávamos no Correio e dias depois o destinatário recebia

as notícias!

Hoje se pode ler um livro inteiro pela internet, mas eu ainda prefiro ir à Biblioteca, escolher um bom título na estante batendo levemente em sua capa para retirar a poeira acumulada... depois dou um espirro gostoso por causa do pó e inicio a leitura como faço agora! Estou lendo uma poesia de Drummond que sintetiza bem o tema dessa crônica que é o tempo:

"_Chega um tempo em que não se diz: meu Deus

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram

E as mãos tecem o rude trabalho.E o coração está seco."


* crônica que integra o livro "Existe Vida após o casamento"
 



 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Deus não há!



Morreste em meu colo sem que nada pudesse eu, esse mísero, fazer!


Morreste regurgitando a matéria podre da qual somos feitos.


Morreste com a atroz convulsão daqueles que partem para o nada,


Para a terra fria; porque céu não há!


Ou melhor, o céu há, mas nele nada existe além de nuvens,


de vazio, de silêncio...Deus não há!


Tentei em vão soprar-te a fronte, acaso não dizem que o Criador


tudo fez com o sopro divino? Criador não há!


E então coube a mim, resignado, ver tua vida esvair


Como que tolhido estivesse por uma falsa divindade que, de fato, não  há!

sábado, 3 de agosto de 2013

Livros à venda

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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Poesia: "Foste..."


Foste aquela que até hoje mais amei

Durante o labirinto de comoções

Onde, perdido, procurei pela paz

Que jamais tive em toda a vida.


Foste o tormento de minha boca

A procurar,insandecida, teus seios,

Mas, escondeste-os de meu alcance

Para,cruelmente,apreciar meu desatino.


Foste o motivo da maldita dor

Que até agora corrói meu peito

E me dilacera as entranhas d´alma,

Transformando-me num indócil ser.



Foste, também, a grandiosa decepção

De meu lirismo inocente e puro,

O qual jaz, frio e soturno em mim,
 
                Mas, ainda assim, sequer arranha meu amor por ti!

 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Questionamento à morte"


Preparei meu epitáfio em vida!
De onde provém, oh morte, tua força com que ceifas a vida dos seres dessa forma leviana e autoritária trazendo dor e maldição aos que permanecem?

Quem és tu, maldita dama de negro, que sorrateira e astuta, surge sem avisar e sem perguntar se tua presença é desejada nessa casa ou nessa família?

Acaso sabes, oh morte, quantas viúvas e órfãos pusilânimes já deixaste nessa terra por impores tua vontade soberana e cruel?

Quantos amores já não rompeste num lampejo? Quantas amizades não quebraste? Quantos sobreviventes que hoje são como verdadeiros zumbis por não suportarem a dor dilacerante que causaste?

Que “deus” egoísta e medíocre é esse que te governa, oh morte, extinguindo o sopro de vida a seu bel-prazer, como criança mimada que desconhece o desejo alheio para satisfazer somente a si?

Acaso sentes, oh morte, orgasmos múltiplos e intensos ao cumprir seu papel de ver os corpos, frios e rígidos, descerem inertes às sepulturas rasas? É esse o apogeu de tua volúpia e de tua luxúria?

E o que dizer, oh morte, dos que, resilientes, ainda louvam, absorvidos pelo proselitismo religioso, aquele que te governa? Se é que alguém te governa...

Força maldita tu tens, oh morte, mas ainda consigo ver em ti uma única virtude! Sabes qual é essa qualidade ímpar que os demais seres não possuem? É que não fazes diferença de classes sociais, de idades e nem de espécie animal ou vegetal, pois a tudo e a todos faz o que lhe cabe: matar,matar e tão somente matar!

Mas queres, oh morte, saber o que penso de ti na verdade? Pois te digo que és sórdida, sádica e constituída por um poder hediondo ao qual jamais me renderei!

Minha vingança será partir em teus braços um dia com o riso sardônico nos lábios sabendo que fui vencido por ti,sim, porém sem louvar “aquele” que te governa e do qual és um instrumento vil – nada mais que isso!

 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Fim da Ilusão-Adeus Quimera!



           Hoje acordei no horário de sempre, no quarto de sempre,
 

mas algo estranho aconteceu!
Estendi os braços como de costume procurando os teus, mas não os encontrei...


Aspirei o perfume de teu pescoço, mas nada senti!


Inclinei os lábios na direção de teus seios, porém, não consegui sorvê-los!


Na volúpia intensa extremada, rocei meu ventre ao teu; e nada aconteceu!

 
Procurei acariciar-te com minhas pernas as coxas, o joelho, a canela... em vão...


Lembrei-me de procurar teus longos cabelos que escorriam outrora por teus ombros,


mas, nenhum sinal de tuas madeixas encontrei!


Num ato de intenso desespero, então, saltei da cama, a luz do escuro cômodo acendi


e louco e cego indaguei: - “Cadê você, amor?”


A cama vazia e fria olhava para mim atônita como que dizendo:


 - “O que procuras, poeta de versos retorcidos? Tua amada já não mais se encontra aqui!


Resta-te eu, um móvel gelado de madeira bruta, despida de lençóis de cetim,


guarnecida por um colchão duro e roído por traça!


Eu, então, alucinado e ébrio, lembrei-me de nossas brigas,


de nosso egoísmo, de nossa vaidade...


Por fim, custou-me recordar que vivemos apenas e tão somente uma quimera, uma


ilusão, um sonho alimentado por essa maldita cama em que madrugadas


 adentro nos amávamos!


São apenas lembranças que em nada refletem nossos orgasmos de outrora...


 lembranças que não me contentam e nem saciam meus desejos!


Trocaria todos esses “recuerdos” por um último e intenso beijo em teus lábios!


Ainda que os mesmos cadavéricos estivessem...


Ainda que o colchão fosse de madeira...


Ainda que teu corpo nu e branco gelado estivesse...


Ainda que o sangue em tuas veias não mais pulsasse...

Ainda que o sepulcro tua última morada fosse, pois escreveria nele o seguinte epitáfio:

” O fim da ilusão chegou a mim, mas, nem a morte, traiçoeira e vil, porá

fim ao que um dia, meu eterno amor, eu contigo vivi!”

Adeus quimera da minha jovialidade!

Adeus leviana e tórrida paixão que me fez soçobrar no mar da incoerência!

Tuas marcas carregarei nesse velho coração que acelerado bate,

sofre e suspira por tua ingratidão!