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sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Fim da Ilusão-Adeus Quimera!



           Hoje acordei no horário de sempre, no quarto de sempre,
 

mas algo estranho aconteceu!
Estendi os braços como de costume procurando os teus, mas não os encontrei...


Aspirei o perfume de teu pescoço, mas nada senti!


Inclinei os lábios na direção de teus seios, porém, não consegui sorvê-los!


Na volúpia intensa extremada, rocei meu ventre ao teu; e nada aconteceu!

 
Procurei acariciar-te com minhas pernas as coxas, o joelho, a canela... em vão...


Lembrei-me de procurar teus longos cabelos que escorriam outrora por teus ombros,


mas, nenhum sinal de tuas madeixas encontrei!


Num ato de intenso desespero, então, saltei da cama, a luz do escuro cômodo acendi


e louco e cego indaguei: - “Cadê você, amor?”


A cama vazia e fria olhava para mim atônita como que dizendo:


 - “O que procuras, poeta de versos retorcidos? Tua amada já não mais se encontra aqui!


Resta-te eu, um móvel gelado de madeira bruta, despida de lençóis de cetim,


guarnecida por um colchão duro e roído por traça!


Eu, então, alucinado e ébrio, lembrei-me de nossas brigas,


de nosso egoísmo, de nossa vaidade...


Por fim, custou-me recordar que vivemos apenas e tão somente uma quimera, uma


ilusão, um sonho alimentado por essa maldita cama em que madrugadas


 adentro nos amávamos!


São apenas lembranças que em nada refletem nossos orgasmos de outrora...


 lembranças que não me contentam e nem saciam meus desejos!


Trocaria todos esses “recuerdos” por um último e intenso beijo em teus lábios!


Ainda que os mesmos cadavéricos estivessem...


Ainda que o colchão fosse de madeira...


Ainda que teu corpo nu e branco gelado estivesse...


Ainda que o sangue em tuas veias não mais pulsasse...

Ainda que o sepulcro tua última morada fosse, pois escreveria nele o seguinte epitáfio:

” O fim da ilusão chegou a mim, mas, nem a morte, traiçoeira e vil, porá

fim ao que um dia, meu eterno amor, eu contigo vivi!”

Adeus quimera da minha jovialidade!

Adeus leviana e tórrida paixão que me fez soçobrar no mar da incoerência!

Tuas marcas carregarei nesse velho coração que acelerado bate,

sofre e suspira por tua ingratidão!

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