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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Questionamento à morte"


Preparei meu epitáfio em vida!
De onde provém, oh morte, tua força com que ceifas a vida dos seres dessa forma leviana e autoritária trazendo dor e maldição aos que permanecem?

Quem és tu, maldita dama de negro, que sorrateira e astuta, surge sem avisar e sem perguntar se tua presença é desejada nessa casa ou nessa família?

Acaso sabes, oh morte, quantas viúvas e órfãos pusilânimes já deixaste nessa terra por impores tua vontade soberana e cruel?

Quantos amores já não rompeste num lampejo? Quantas amizades não quebraste? Quantos sobreviventes que hoje são como verdadeiros zumbis por não suportarem a dor dilacerante que causaste?

Que “deus” egoísta e medíocre é esse que te governa, oh morte, extinguindo o sopro de vida a seu bel-prazer, como criança mimada que desconhece o desejo alheio para satisfazer somente a si?

Acaso sentes, oh morte, orgasmos múltiplos e intensos ao cumprir seu papel de ver os corpos, frios e rígidos, descerem inertes às sepulturas rasas? É esse o apogeu de tua volúpia e de tua luxúria?

E o que dizer, oh morte, dos que, resilientes, ainda louvam, absorvidos pelo proselitismo religioso, aquele que te governa? Se é que alguém te governa...

Força maldita tu tens, oh morte, mas ainda consigo ver em ti uma única virtude! Sabes qual é essa qualidade ímpar que os demais seres não possuem? É que não fazes diferença de classes sociais, de idades e nem de espécie animal ou vegetal, pois a tudo e a todos faz o que lhe cabe: matar,matar e tão somente matar!

Mas queres, oh morte, saber o que penso de ti na verdade? Pois te digo que és sórdida, sádica e constituída por um poder hediondo ao qual jamais me renderei!

Minha vingança será partir em teus braços um dia com o riso sardônico nos lábios sabendo que fui vencido por ti,sim, porém sem louvar “aquele” que te governa e do qual és um instrumento vil – nada mais que isso!

 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Fim da Ilusão-Adeus Quimera!



           Hoje acordei no horário de sempre, no quarto de sempre,
 

mas algo estranho aconteceu!
Estendi os braços como de costume procurando os teus, mas não os encontrei...


Aspirei o perfume de teu pescoço, mas nada senti!


Inclinei os lábios na direção de teus seios, porém, não consegui sorvê-los!


Na volúpia intensa extremada, rocei meu ventre ao teu; e nada aconteceu!

 
Procurei acariciar-te com minhas pernas as coxas, o joelho, a canela... em vão...


Lembrei-me de procurar teus longos cabelos que escorriam outrora por teus ombros,


mas, nenhum sinal de tuas madeixas encontrei!


Num ato de intenso desespero, então, saltei da cama, a luz do escuro cômodo acendi


e louco e cego indaguei: - “Cadê você, amor?”


A cama vazia e fria olhava para mim atônita como que dizendo:


 - “O que procuras, poeta de versos retorcidos? Tua amada já não mais se encontra aqui!


Resta-te eu, um móvel gelado de madeira bruta, despida de lençóis de cetim,


guarnecida por um colchão duro e roído por traça!


Eu, então, alucinado e ébrio, lembrei-me de nossas brigas,


de nosso egoísmo, de nossa vaidade...


Por fim, custou-me recordar que vivemos apenas e tão somente uma quimera, uma


ilusão, um sonho alimentado por essa maldita cama em que madrugadas


 adentro nos amávamos!


São apenas lembranças que em nada refletem nossos orgasmos de outrora...


 lembranças que não me contentam e nem saciam meus desejos!


Trocaria todos esses “recuerdos” por um último e intenso beijo em teus lábios!


Ainda que os mesmos cadavéricos estivessem...


Ainda que o colchão fosse de madeira...


Ainda que teu corpo nu e branco gelado estivesse...


Ainda que o sangue em tuas veias não mais pulsasse...

Ainda que o sepulcro tua última morada fosse, pois escreveria nele o seguinte epitáfio:

” O fim da ilusão chegou a mim, mas, nem a morte, traiçoeira e vil, porá

fim ao que um dia, meu eterno amor, eu contigo vivi!”

Adeus quimera da minha jovialidade!

Adeus leviana e tórrida paixão que me fez soçobrar no mar da incoerência!

Tuas marcas carregarei nesse velho coração que acelerado bate,

sofre e suspira por tua ingratidão!

As bocas que não se beijam!


 
Pares de olhos que se encontram,

Palpitantes corações a bater,

As mãos anseiam o toque,

Mas as bocas não se beijam!

 

Sonhos que se cruzam na madrugada,

Pesadelos surgidos na sombria noite,

Lábios ávidos pela troca de saliva,

Mas as bocas não se beijam!

 

Palavras mudas e cerradas na língua,

Dos amantes que jamais se tocam,

Desejos de carícias fugidias e voluptuosas,

Mas as bocas não se beijam!

 

Agora os embevecidos pelo amor se acham,

Uma paixão louca e desenfreada provam,

Depois de longas noites vagando perdidos,

E as bocas, então, finalmente, se beijam!