Escrevi essa crônica num dos momentos mais tristes e desesperadores da minha vida! Por conta de um divórcio litigioso, fiquei quase dois longos anos sem poder ver meu filho devido a referida briga judicial e, hoje,aproveito o máximo que possa da companhia de meu filho de 5 anos,João Vitor Ribeiro.
Gostaria que vocês lessem e deixassem suas opinião sobre ela.
"A Maior Riqueza da minha vida"
“A maior
riqueza da minha vida”
Durante
a trajetória como escritor, jornalista e pseudo-fazendeiro provei todos os
sabores da vida sem exceção. Fui do amargo ao doce e do doce ao azedo
facilmente.
Tive
e tenho muitas mulheres em meus braços, fui embora para a Passárgada de Manoel
Bandeira, tive fama e tenho a admiração de alguns intelectuais e também o
repúdio daqueles que abominam meu jeito.
Meu
jeito de ser e de ter, meu jeito de rir e de me desesperar... Enfim, sou esse
poeta de versos retorcidos, acostumado com a glória e com o fracasso!
Abomino
a vida totalmente regrada, assim como a vida totalmente sem regras... Não
suportaria ser idolatrado por todos e nem igualmente odiado. Sou uma antítese!
Casei-me
e me divorciei; vibrei e sofri; senti-me o mais amado dos homens e o mais
repudiado. Só não tenho dúvidas sobre a maior riqueza de minha vida: “Meu filho
João Vitor Ribeiro”.
Como
é maravilhoso ser pai de um ser pequeno e frágil e como a vida pode nos
proporcionar a unânime experiência de ser pai e de sentir filho ao mesmo tempo
de uma ingênua criança!
É
assim que me sinto quando vejo aquele loirinho de olhos azuis a sorrir para mim com seus
alvos dentes de leite.
Ele
tinha apenas um ano e cinco meses de idade quando, dias após o casamento de
minha irmã, meu pai adoeceu gravemente.
Lembro-me
de que estávamos os três no quarto: meu pai, meu filho Joãozinho e eu. Três gerações e somente um
amor!
Joãozinho
estava deitado sobre os braços de meu pai beijando-o levemente seu rosto até
que chegou a hora de meu pai ser levado para o hospital para se internar.
Quando meu pai levantou-se
da cama, imediatamente João Vitor começou a chorar compulsivamente; ele, ao contrário de nós, sabia que
estava vendo e que tinha beijado o Sr. Frederico Ribeiro pela última vez!
Não
sei se é verdade, mas dizem que as crianças enxergam o que os adultos não podem
ver! Com o Joãozinho e meu pai foi assim, nunca mais voltaram a se encontrar!
Talvez
João Vitor, quando crescer, nunca mais se lembre do avô. Afinal ele era muito
novo quando meu pai partiu para a eternidade! Mas sempre na minha memória vai
ficar a lembrança de que meu filhinho foi o primeiro a sentir e sofrer a ausência eterna
de meu pai.
Se
algum dia eu não puder dizer isso tudo a você, meu filho - pois a vida nos
separou - leia essa crônica para saber que em toda minha vida a maior riqueza
foi e é você!
Eu te amo mais do que a mim
mesmo, Joãozinho! Sem você eu preferiria nunca ter existido, pois quando nasceu invadi
a maternidade como um louco com uma cuia de chimarrão nas mãos a brindar o seu
nascimento e chorei – como choro agora- por saber que você existe, mas para meu infortúnio não posso tê-lo em meus braços e nem beijá-lo
todos os dias como gostaria.
Contudo,
isso não significa que eu não o ame compulsivamente!
Clique abaixo para ver os vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=RRVf1QcOyPo
http://www.youtube.com/watch?v=6rFIE0hFMZQ
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