A Poesia e a Vida
Ilhado na solidão do mundo procuro o
sol,
Mas o são teus olhos que brilham
mais.
Com o doce brilhar de uma estrela à
noite
Ganha vida teu rosto ao luar que é
triste
Na madrugada de pranto e
desatino
Surge o coração que de sua paixão faz o
destino.
Caem a chuva e a névoa,o desprezo e a
dor
Vêm à tona o ódio e o
amor.
Fiz do meu viver um mergulho no
infinito,
Um adormecer constante e um sofrer
incessante.
Aguardo mais um dia
clarear
E no teatro da felicidade
representar.
As palavras formam frases
decentes
Com a mesma monotonia das águas
dormentes,
Batendo nas pedras da encosta sem
canseira
Dizendo verdades e suspiros
passageiros.
Conflito
Interior
Nos páramos distantes da nua
loucura
Divaga meu “EU”errante e sua
candura,
Confunde o poeta numa volúpia
crescente
Atropela meu sentimento
incandescente.
E na guerra dos
“EUS”
Encontro-me no ideal
platônico,
Defronto-me com
Zeus
Perco-me num real
lacônico.
Mas nem isso detém dos a
fúria;
Um contempla a arte,o outro dela faz
parte,
E em ambos contém uma triste
lamúria.
O primeiro fica só, na sombra
merencoria
Enquanto o segundo prova o fruto da
vitoria.
Que dor na razão causa-me essa
divisão.
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