“Homem: o sexo frágil e... inseguro?”
Quando eu publiquei a
crônica intitulada “Frases para não se dizer às mulheres” (a qual
está nesse livro também) fui chamado de machista e insensível por algumas
leitoras, mas para provar minha imparcialidade, agora vou falar um pouco sobre
a fragilidade sexual do homem. Afinal, a temática principal desse livro é o
casamento e a relação homem x mulher.
Alguns homens (por que não
dizer a maioria?) são os seres mais inseguros que existem e precisam a todo o
tempo encontrar a “auto-afirmação” nas mínimas coisas, como vou demonstrar!
Outro dia eu estava, como
quase sempre estou, ”sem fazer nada”, ou melhor, a expressão “sem
fazer nada” para mim tem um significado filosófico de contemplar as
idéias,como diriam os sábio gregos! Pois bem, fui a um hipermercado lotado,
pois era um feriado aqui onde moro, para “achar” algum personagem para minhas
crônicas. Aliás, hipermercado é um ótimo lugar para observar os “tipos”
mais estranhos e engraçados que existem.
Já viram aquelas crianças
tentadas que correm empurrando o carrinho do mercado e acabam sempre batendo no
nosso calcanhar? Aí a mãe vira e grita: -“Eu
já mandei parar, da próxima vez vou te dar uns tapas”.
Eu já reparei também que as
mães dessas crianças tentadas dão bronca sempre chamando-as por dois nomes, é
mais ou menos assim: Para de
correr,Luís Fernando! Ou,
então: ”Não faça mais isso, João
Paulo!” Ou ainda: ”Ana
Julia, já avisei!”
Por tanto se você não
quiser ter aborrecimentos com seu filho ou filha no mercado, não registre a
criança com dois nomes no cartório. Prefira somente um prenome: Maria, Paulo,
João etc. Coloque logo o sobrenome!
Depois dessas constatações
científicas que fiz na parte interna do hipermercado, fui ao estacionamento
lotado para observar mais curiosidades!
Não sou um apreciador de
automóveis com suas marcas e modelos. Aliás, “não tenho saco” para
dirigir! Minha carteira de habilitação está vencida há anos e não dependo de
carro para me locomover, em absoluto.
Comecei a reparar no
estacionamento que os carros mais modernos, caros e maiores eram sempre
conduzidos por homens que não possuíam mais a juventude e nem faziam parte do
padrão de beleza feminino. Em geral, esses motoristas eram baixinhos e
gordinhos. Outros eram carecas e raquíticos e assim por diante.
Não sou psicólogo, mas já
fiz análise com uma doce e jovem psicóloga que sempre me dizia a seguinte
frase: -“Precisamos trabalhar essa
questão na terapia”... Essa frase da minha querida discípula de Freud
veio-me instantaneamente naquele estacionamento. Teria sido um “Insight”?
Daí porque resolvi escrever essa crônica!
Nessa minha observação no
estacionamento do hipermercado percebi, também, que alguns rapazes de boa
aparência dirigiam carros de modelos mais populares e que,ao contrário do
primeiro grupo de motoristas, estavam sempre acompanhados por moças bonitas.
Cheguei, portanto, a uma
conclusão psicológica que o automóvel é o “alter
ego” (outro Eu) da masculinidade. Explico; os motoristas mais velhos,
baixinhos, gordinhos ou carecas certamente não são capazes de chamar a atenção
das mulheres de imediato. Claro que beleza física não é tudo e que esses
motoristas menos privilegiados pela natureza devem ter muitos atributos como
inteligência, sensibilidade e caráter para conquistarem uma mulher bonita!
Porém, numa sociedade com valores tão superficiais como a nossa, esses homens
sentem a necessidade de atrair o olhar feminino para eles sem precisar recitar
poesias, dar flores e chocolates... Isso é compreensível; todos precisamos ter
uma elevada auto-estima! Daí a opção por dirigir carros mais caros, modelos
raros e infinitamente confortáveis!
Confesso que não pesquisei
em livros nem na internet nenhuma teoria psicológica a respeito disso, embora
deva ter algum estudo sério já publicado sobre esse assunto, mas como sou
escritor e não psicólogo, não preciso me preocupar com a originalidade do tema
e nem me aprofundar sobre o assunto! Deixo isso para minha doce psicóloga!
Fiquei pensando, também, na
hipótese de alguns homens terem obsessão por carros grandes e caros para
compensarem, talvez, uma suposta insatisfação com o tamanho do órgão genital...
Não quero ofender ninguém nem generalizar, mas preciso externar minhas “elucubrações mentais” (que nome
feio!) nessa crônica, senão fica difícil concluí-la, né?
Ou, ainda, pode ser que a
insatisfação dos proprietários de veículos importados esteja ligada a uma
insegurança sexual, a uma disfunção erétil ou algo assim. Mas que diabo tenho
que entrar nesse assunto? Além de não ser psicólogo também não sou urologista,
ora bolas! Bolas? Será esse o problema?
Pode ser também que eu
tenha escrito só bobagem nessa crônica, mas está lançada ou relançada a ideia
para algum profissional da psicologia elaborar uma tese com base científica a
respeito dessa teoria!
Não acho que o assunto que
abordei seja tão descabido assim, pois para Freud todo desajuste mental do ser
humano tem sua origem no sexo! Se não for exatamente isso, é mais ou menos por
aí!
Mas para encerrar,
dependendo da repercussão dessa crônica sei que muitos motoristas vão acabar
trocando seus luxuosos automóveis por modelos nacionais mais populares, pois
todo homem é machista por natureza (com maior ou menor intensidade) a ponto de
esconder ao máximo sua insatisfação sexual, seus medos, suas inseguranças e
suas frustrações das mulheres.
O que é uma grande bobagem,
já que ninguém conhece tão bem o “universo masculino” quanto a mulher!
Às vezes, só de olhar um homem ela já o decifra por completo e até prevê seu
desempenho “na arte do amor”... Belo eufemismo!
Bem, mulheres,está provado
que sou imparcial ao analisar o comportamento de ambos os sexos e também sei
que, ao lerem atentamente essa crônica, vocês vão dar boas risadas sozinhas ao
lembrarem dessas minhas “quase
teorias” num estacionamento de hipermercado ou mesmo num semáforo onde
se possa avaliar os modelos dos automóveis e os motoristas que os conduzem.
Depois me escrevam dizendo
se tenho ou não tenho razão nas observações que fiz nessas páginas!
*Crônica que integra o livro "Existe vida após o casamento?"
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