Marcadores

"A maior riqueza da minha vida" (1) "Conheça o autor" (1) "Curiosidades sobre o poeta" (1) "É...acho que estou ficando velho..." (1) "Jornal da Cidade" (1) "Lançamento de livro em Santo Ângelo/RS" (1) "Livros à venda" (1) "Participações na Tv" (1) "Poesias do livro Conflito Interior" (1) "Poeta por si próprio" (1) A Meretriz (1) A Mulher do Próximo (1) Agradecimento ao escritor Israel Lopes (1) As bocas que não se beijam (1) Conto: "A Felicidade Conjugal" (1) Conto: "A Meretriz" (1) Conto: "O enterro:um caso de amor" (1) Crônica: "A breve história do Sr.Enganoso" (1) crônica: "A camisa vermelha de Hugo Chávez" (1) Crônica: "A gramática do amor" (1) Crônica: "Então...É Natal" (1) Crônica: "Filosofia de botequim" (1) Crônica: "Imperceptivelmente" (1) Crônica: "O Tempo e o Vento" (1) Crônica:"Homem:sexo frágil e inseguro?" (1) Crônica:"Van Gogh eu e as grossas balizas das estudantes" (1) Deus não há! (1) Livro: "A vida é bela-Para quem?" (1) Livro: "Existe vida após o casamento?" (1) Livros à Venda (1) Materias sobre o trabalho literário do autor" (1) Na Antessala do Céu (1) Novo Livro Publicado (1) Novo Livro: "A sociedade sem máscaras" (1) O fim da ilusão-Adeus Quimera! (1) Poesia: "A Loucura da Paixão" (1) Poesia: "A razão de um poeta" (1) Poesia: "A uma certa gauchinha" (1) Poesia: "Foste..." (1) Poesia: "Insano Desejo" (1) Poesia: "Saudade" (1) Poesia: "Soneto da Ausência" (1) Poesia: "Tua Ausência" (1) Poesia: A Razão de um Poeta" (1) Poesia:"insano Desejo" (1) Questionamento à mote (1) Semana Farroupilha em Passo Fundo/RS (1) Sobre João Ribeiro Neto (1)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Crônica:“Van Gogh, eu e as grossas balizas das estudantes”
                  *João Ribeiro Neto 

 

Quando me mudei para uma certa cidadezinha do interior de São Paulo, já sendo criador de cavalos no sítio que ainda tenho lá, resolvi participar do desfile de cavaleiros realizado pala prefeitura local em comemoração ao centenário de fundação do tal município.

Selecionei o melhor de meus cavalos, o Van Gogh, um mangalarga marchador (tem foto dele no meu site) de pelos quase brancos e “vestido a caráter”. Passei as boleteiras (uma espécie de faixa em suas patas com uma cor vibrante para proteção e enfeite que se usa nos cavalos), coloquei um baixeiro bonito (espécie de manta que se põe debaixo da sela) enfim, o melhor arreio que eu possuía.

Van Gogh ficou lindo (e ainda possuía as duas orelhas intactas ao contrário do seu homônimo); virou o centro das atenções e eu também não fiquei atrás: usei a vestimenta digna a um cavaleiro para a não menos digna ocasião.

Até aí tudo bem, mas como eu era novo na cidade não sabia que aconteceria num determinado dia o desfile cívico que contaria com a participação dos estudantes municipais, das fanfarras das escolas e das instituições de classe do município. Ficando somente para o segundo dia o desfile dos cavaleiros.

Assim, por conta do meu desconhecimento, montei o Van Gogh e fui até o local da concentração do desfile.

Chegando no meio da avenida principal, fiquei surpreso ao me deparar na concentração com uma multidão de pessoas e fanfarras estridentes. Estava claro, errei o dia do desfile de cavaleiros!

Com o acúmulo de pessoas e a imensidão de sons que se ouvia do público e dos que desfilavam, Van Gogh, meu cavalo, assustou-se e começou a pular, a empinar e a relinchar no meio da avenida.

E eu lá em cima dele sem saber o que fazer: “tentar controlar o cavalo ou olhar para as pernas grossas em minissaias das balizas, aquelas mocinhas que vão à frente das fanfarras fazendo acrobacias e malabarismos”.

Claro que, como qualquer homem faria, escolhi admirar as pernas grossas das mocinhas, enquanto eu me equilibrava na sela!

Passados alguns minutos, consegui controlar o cavalo, mesmo com o olhar voltado para as balizas grossas das balizas; literalmente falando!

Os guardas que organizavam o trânsito indicaram-me um atalho para que eu pudesse me retirar do desfile com segurança, pois o cavalo estava desorientado mesmo!

Alguns podem até estar achando que esse fato não é verídico, pois eu garanto que é, aconteceu comigo há uns cinco anos atrás, mais ou menos. Não tenho mais o cavalo Van Gogh, mas ainda não me esqueci daquela visão inebriante das balizas grossas e bem torneadas daquele desfile, afinal eu tinha uma visão privilegiada no alto do cavalo, visão que se eu contasse seria fatalmente censurado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.