Arriscar-se a escrever crônica sobre
política nacional e internacional é sempre ter a garantia de que o livro
contará com algumas páginas hilariantes!
Hilariantes não porque eu seja um
exímio humorista- sou mais azedo que limão algumas vezes- mas porque os líderes
políticos são cômicos e eu me divirto com eles até chegando a esquecer que
tenho de pagar pensão para minha ex-mulher. Isso é um alento para minha
paciência!
Já viram e ouviram como o presidente
com nome de molusco inicia seus discursos? Lá vai: - “Nunca antes na
história desse país um governo blá, blá, blá...”
E quando ele se emociona ao dizer que as Olimpíadas de 2016 e a Copa do
Mundo de 2014 serão em terras tupiniquins? Não teria lugar melhor no mundo para
a realização desses eventos, pois o Brasil não tem problemas sócio-econômicos,
nem corrupção e nem miseria ; sem falar que é um lugar mais seguro que a faixa
de Gaza, que o Iraque e que o Afeganistão, eu acho né! Não tenho certeza!
Indo para a seara internacional, e o
Obama com aquele discursinho eleitoral dele ao postular o cargo mor do
imperialismo norte-americano então: -“ Sim, é possível!”
Será que também é possível o Oriente
Médio viver sem as intervenções militares dos Estados Unidos? Será que é
possível os países contrários aos interesses americanos viverem longe dos
embargos econômicos?
Já no outro extremo temos o radical
Hugo Chávez, personagem central dessa crônica, tentando vender a imagem de uma
Venezuela extremamente culta e próspera, uma potência mundial. Só se for
potência no beisebol!
Desculpem a comparação, mas Hugo
Chávez com aquela camisa vermelha surrada e manchada de suor debaixo do braço
parece mais um gnomo histérico.
Sem falar naquele ar de Napoleão
Bonaparte depois da gripe suina , né!
O homenzinho já mudou a
Constituição da Venezuela para se perpetuar no poder, já fechou meios de
comunicação que eram contra ele e agora declara guerra à Colômbia!
E ainda quer que o Lula faça o mesmo
por aqui num possível terceiro mandato. Pimenta nos olhos dos outros é
refresco, não senhor Chávez?
Mas o gnomo de camisa vermelha já
faz escola na América Latina ou seria América Latrina? O Manuel Zelaya
foi fazer o mesmo em Honduras e levou um golpe militar. Bem feito! Sou contra
golpes militares, claro, mas Zelaya com aquele seu chapéu panamá comprado no
Equador dançou: -“La cucaratia, la cucaratia, yo no puedo caminar!”
Aonde quero chegar com essa crônica? Alguém me pergunta e eu respondo: -“Na
camisa vermelha do Hugo Chávez!”- Será que ele vai lançar grife em Paris? Será
que torce para o Internacional? Se torce, melhor não ir ao estádio Olímpico
assim, a recepção não será “muy amiga, hein compañero”?
Acho que Hugo Chávez deve ter um estilista próprio para sugerir os tons
de vermelho de suas camisas. Será que a Venezuela teve ou tem um Clodovil por
lá? E se tivesse ele certamente diria o seguinte: - “olha para a lente da
verdade e abre o jogo: qual a tonalidade de rojo (vermelho em espanhol) que
o senhor prefere, meu amor?”Há, há,há...
Hugo Chávez merece ter uma estátua em cada circo e em cada programa de
humor em todo o mundo, pois ele é uma piada! Às vezes acho que ele é surreal ou
mais um heterônimo de Fernando Pessoa, mas quando vejo as marcas de suor
debaixo das mangas de sua camisa vermelha percebo que ele é real. Comicamente
real! Histrionicamente real!
Concluindo essa crônica preciso
fazer duas últimas indagações:
1ª .”Será que Chávez vai
estatizar as lavanderias da Venezuela para acompanhar de perto a lavagem de
suas camisas vermelhas?”
2ª. ”Será que quando a
Fafá de Belém canta: vermelho, vermelho... ela se lembra de Hugo Chávez? Acho
que não, ela não teria tanto peito para isso! Ou teria?”
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